quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CONHECI A COMUNIDADE INDÍGENA - MAIS UM DIA DE PRÉ-PRODUÇÃO DO MEU FILME










Hoje, quinta-feira, dia 03 de fevereiro, conheci a comunidade indígena do Amarelão, que fica na zona rural de João Câmara. É um pequeno povoado de casas decentes e de acesso difícil onde moram centenas de famílias remanescentes dos índios potiguares.




Uma historiadora da UFRN, que agora não recordo o nome, garantiu-me que a grafia e a pronúncia correta dessa tribo é "indios potiguara" (e assim está num documentário que fiz para a Funcarte em 2008, ainda na época de Dácio Galvão). Não se assustem, é assim mesmo, no singular: "indios Potiguara", garantem os doutores da UFRN.




Muito bem: finalmente conheci a comunidade do Amarelão. Fui conhecer o trabalho que o professor Alcide (antrópolo da FJA) desenvolve lá. Ele ensina flauta cabocla e antiga tradições indígenas para um grupo de crianças do lugar.




Lugar, aliás, muito simpático e pacato, de gente bonita que realmente possue traços dos potiguares - baixinhos, entroncados, olhos apertados, caboclos, desconfiados.




Essa visita faz parte de minha pesquisa preparatória para começar a filmar "Nova Amsterdam - Terra do Sol Banhada de Sangue".




Fui atrás de gente para trabalhar como figurante - mas já percebi que isso não vai rolar. A comunidade é muito distante de Natal e isso é inviável para a produção.




Mas lá encontrei uma associação onde artesãs fazem adereços indígenas muito originais - cocares, colares, brincos, etc. Então surgiu a possibilidade desses adereços serem confeccionados pelas artesãs do Amarelão.




Passei uma tarde inteira lá. E pude acompanhar uma extensa aula prática do professor Alcides. Vi as crianças dançarem o "toré" embaixo de um cajueiro. Comi castanha assada. E conheci a Irmã Terezinha, uma freira simpática da Ordem do Imaculado Coração, que desenvolve o projeto da flauta cabocla, apoiado pelo Mais Cultura/Minc. Foi uma tarde maravilhosa.




Não encontrei meus figurantes, mas saí de lá com muita disposição para as filmagens. E tirei muitas dúvidas com o professor Alcides, uma figuraça.




Em tempo: fiz essa viagem em companhia de minha pequena equipe de produção: Jean Custo (assistente de produção), Paulo César (motorista) e Alemão.




Veja aí por cima as fotos desse dia e os vídeos que gravei.




Até a próxima.










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